A sobrevivência e a gravidade das sequelas após um derrame cerebral (acidente vascular cerebral – AVC) dependem de diversos fatores, incluindo a rapidez com que a pessoa recebe tratamento médico, o tipo de AVC, a área do cérebro afetada, a saúde geral do paciente e outros fatores de risco associados.
Existem dois tipos principais de AVC: o AVC isquêmico, que ocorre quando um coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro, e o AVC hemorrágico, que acontece quando um vaso sanguíneo se rompe e causa sangramento no cérebro.
As chances de sobrevivência variam de acordo com o tipo de AVC:
- AVC isquêmico: A resposta rápida ao AVC isquêmico é crucial para limitar o dano cerebral. Se a pessoa chegar ao hospital rapidamente e receber tratamento, como a administração de medicamentos para dissolver o coágulo (trombolíticos) ou procedimentos para remover o coágulo (trombectomia), as chances de recuperação são significativamente maiores. Com o tratamento adequado, muitas pessoas conseguem sobreviver e ter uma recuperação satisfatória.
- AVC hemorrágico: O AVC hemorrágico é geralmente mais grave do que o AVC isquêmico, pois o sangramento pode causar danos extensos ao tecido cerebral. A taxa de mortalidade é mais alta em casos de AVC hemorrágico, mas, novamente, a resposta rápida ao atendimento médico pode fazer diferença na sobrevida.
A reabilitação após um AVC também é fundamental para a recuperação e melhoria da qualidade de vida do paciente. É um processo complexo que envolve terapias físicas, ocupacionais e fonoaudiológicas, além de apoio psicológico para o paciente e seus familiares.
Em casos mais graves, o AVC pode levar à morte ou causar sequelas significativas, como paralisia, problemas de fala, dificuldades cognitivas, entre outros.
É importante ressaltar que a prevenção é fundamental para reduzir o risco de AVC. Controlar fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto, obesidade e tabagismo, adotar uma dieta saudável, praticar atividade física regular e evitar o consumo excessivo de álcool são medidas que podem ajudar a reduzir as chances de um derrame cerebral ocorrer.
Se alguém apresentar sinais de AVC, como fraqueza súbita em um lado do corpo, dificuldade para falar, alterações na visão, dor de cabeça intensa e súbita, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente, pois o tratamento precoce pode fazer uma grande diferença nos resultados. O número de emergência em muitos países, incluindo o Brasil, é o 192 (SAMU).