• Formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
  • Residência de Neurocirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte.
  • Fellow em Radiocirurgia e Neurocirurgia Funcional pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) EUA.
  • Neurocirurgião do Corpo clínico do Hospital Sirio Libanês e Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
  • Autor do Neurosurgery Blog
  • Autor de 4 livros
  • Colaborador na criação de 11 aplicativos médicos.
  • Editor do Canal do YouTube NeurocirurgiaBR
  • Diretor de Tecnologia de Informação da Associação Paulista de Medicina (APM) 
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Estenose da Carótida Assintomática: A Importância da Avaliação e do Tratamento Preventivo. Dr. Julio Pereira – Neurocirurgião São Paulo – Neurocirurgião Hospital Sírio-Libanês

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A estenose da carótida, caracterizada pelo estreitamento das artérias carótidas que irrigam o cérebro, é uma condição silenciosa que pode levar a graves consequências, como o acidente vascular cerebral (AVC). Quando a estenose é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas evidentes, a decisão sobre o tratamento pode ser um desafio para médicos e pacientes.

A avaliação do risco individual é fundamental para determinar a necessidade de intervenção em casos de estenose da carótida assintomática. Fatores como o grau de estreitamento da artéria, a presença de placas ateroscleróticas instáveis, o histórico de doenças cardiovasculares e a idade do paciente são considerados na tomada de decisão. Em geral, pacientes com alto risco de AVC, como aqueles com estenose grave (acima de 70%) ou com placas instáveis, são candidatos ao tratamento, mesmo na ausência de sintomas.

O tratamento da estenose da carótida assintomática visa prevenir o AVC e suas sequelas, que podem incluir paralisia, dificuldades na fala e na cognição, e até mesmo a morte. As opções terapêuticas incluem a endarterectomia, um procedimento cirúrgico que remove a placa aterosclerótica da artéria, e a angioplastia com implante de stent, uma técnica menos invasiva que utiliza um cateter para dilatar a artéria e inserir um stent para mantê-la aberta.

A decisão sobre o melhor tratamento para cada paciente deve ser tomada em conjunto com o médico, considerando os riscos e benefícios de cada procedimento. A endarterectomia é geralmente recomendada para pacientes com estenose grave e bom estado geral de saúde, enquanto a angioplastia com stent pode ser uma opção para pacientes com maior risco cirúrgico ou com estenose menos grave.

Em conclusão, a estenose da carótida assintomática, embora silenciosa, representa um risco potencial para o AVC. A avaliação médica cuidadosa e a adoção de medidas preventivas, como o controle dos fatores de risco cardiovascular e, em alguns casos, o tratamento intervencionista, são fundamentais para proteger o cérebro e garantir a qualidade de vida dos pacientes.