• Formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
  • Residência de Neurocirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte.
  • Fellow em Radiocirurgia e Neurocirurgia Funcional pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) EUA.
  • Neurocirurgião do Corpo clínico do Hospital Sirio Libanês e Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
  • Autor do Neurosurgery Blog
  • Autor de 4 livros
  • Colaborador na criação de 11 aplicativos médicos.
  • Editor do Canal do YouTube NeurocirurgiaBR
  • Diretor de Tecnologia de Informação da Associação Paulista de Medicina (APM) 
  • Delegado da Associação Médica Brasileira (AMB)

Praça Amadeu Amaral, 47 – Conjunto 54 – 5º Andar – Bela Vista, São Paulo – SP, 01327-904

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Pós-Operatório: Craniotomia – Aneurisma Cerebral

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A avaliação pós-operatória na unidade de terapia intensiva apresenta diversas especificidades, por se tratar de pacientes críticos e muitas vezes com alterações neurológicas prévias. 

Seguem alguns tópicos que merecem destaque na avaliação do paciente no período pós-operatório: 

  • História Clínica:
  • História clínica sumarizada em tópicos como dados relacionados ao início dos sintomas, passado de epilepsia, alergias, doenças associadas; 
  • Detalhes do procedimento cirúrgico com ênfase em motivo da abordagem, técnica utilizada e intercorrências;
  • Tipos de anestesia e suas possíveis intercorrências: dificuldade de via aérea, balanço hídrico, uso de proteção cerebral, antibiótico e anticonvulsivantes;
  • Limitações na mobilização do paciente.
Neurocirurgião São Paulo

Todo paciente deve seguir a rotina básica das unidades de terapia intensiva, destinada a controle dos sinais vitais, controle glicêmico e avaliação laboratorial de rotina.

  • Exame Neurológico:
  • Deve ser enfatizado o estado neurológico pré-operatório e estado mental;
  • Admissional – detalhada;
  • Avaliação seriada com neurocheck;
  • Avaliação da neuroimagem pré-operatória.
  • Alguns pontos importantes a serem ressaltados no cuidado de pacientes neurocirúrgicos:
  • Avaliar vias aéreas, respiração, e circulação (ABC);
  • Medicações que devem ser continuadas ou interrompidas (anticonvulsivantes, corticoide, antibióticos, antiagregante plaquetário, etc.)
  • Dor
  • Frequentemente subtratada causando elevação da pressão arterial e da frequência cardíaca (indesejados por aumentar o risco de sangramento no sítio cirúrgico);
  • Narcóticos (fentanil, morfina): bons analgésicos, mas exigem titulação e monitorização rigorosa pois podem rebaixar o nível de consciência e induzir retenção de CO2 elevando a pressão intra-craniana (PIC).
  • Náusea e vômito
  • Muito comum em pós-operatório neurocirúrgico (30 – 50%);
  • Pode levar a hipertensão, aumento da PIC e aspiração;
  • Vômitos refratários à medicação podem ser sintoma de hipertensão intracraniana
  • Tremores
  • Frequentes em pós-operatório neurocirúrgico (10%);
  • Associado a consumo significativo de oxigênio e esforço cardíaco;
  • Prevenido pelo aquecimento intra-operatório;
  • Pode ser tratado com pequenas doses de meperidina (15-30mg).
julio.pereira.com Neurocirurgião São Paulo

Referências: 

  1. Bhardwaj, Anish, Mirski, Marek A., Ulatowski, John A.; Handbook of Neurocritical Care, 1st ed, Humana Press Inc., 2004.
  2. Suarez JI, Critical Care Neurology and Neurosurgery. Totowa, NJ: Humana Press, 2004
  3. Greenberg, Mark. Handbook of Neurosurgery. 7th ed. Thieme; 2010.